terça-feira, 29 de junho de 2010

A História




A fazenda Resgate fazia parte da fazenda três barras e foi entregada como dote de casamento de Alda Rumana de Oliveira Arruda com o Coronel Ignácio Gabriel Monteiro de Barros. A fazenda na época era policultora e em 1833 foi vendida a José de Aguiar Toledo, dono de diversas outras fazendas era o primeiro a plantar café na região que a transformou em uma fazenda cafeeira.

Para transformar a fazenda em cafeeira, Toledo fez modificações estruturais como a construção de moinhos, engenhos de socar e tulhas armazenamento. E ao falecer a casa foi deixada de herança a seus filhos e nos anos 40 e 50 seu filho Manoel de Aguiar Vallim comprou o restante da casa de seus irmãos e reformou-a.

Vallim obteve sucesso no plantio do café e para tal utilizava muito do tráfico negreiro, mesmo após sua proibição em 1850 chegando a ser acusado de financiar o desembarque de escravos em dezembro de 1852, Manuel Vallim era então delegado de polícia e diante das acusações renunciou o cargo, chegou a ser preso e logo após absolvido. Esses problemas no entanto renderam-lhe um trauma, o coronel que iria seu barão teve seu título negado pela família imperial.

Porém a questão da escravidão colocava seus negócios em risco e com a lei do ventre livre em 1871, Valiim representou Bananal contra a proposta de lei, porém não obteve resultados. Manuel Vallim morreu em 1878 deixando sua fazenda a sua viúva, D. Domiciana Vallim.

Após o período da morte de Vallim a fazenda foi vendida diversas vezes, sabe-se que após a abolição e a república, a fazenda foi vendida ao português Domingos Moitinho, que acabou hipotecando-a, em 1914 seu Fernando Moitinho e sua esposa pagaram a hipoteca e obtiveram a casa novamente, porém com a morte de uma das filhas do casal o casal acabou mudou-se e abandonaram a casa.

Quando Fernando Moitinho morreu a casa foi vendida e não há histórico de quem a comprou porém, logo após a primeira guerra a casa foi comprada pelo uruguaio Pedro Vellede, neste período a casa foi praticamente abandonada e mais tarde vendida a um francês, Gustavo Masset este ficou com a casa até o período de seu tombamento com início em 1950 e finalizado em 1964 quando a fazenda passa a fazer parte do livro de belas artes por sua construção e decoração feita com pinturas a capela privada.

No período após o tombamento, a fazenda passou por restaurações, primeiro quando foi comprada por Carlos Eduardo Machado da Silva com a ajuda do IPHAN. Hoje a casa pertence ao Almirante Braga, que abre a casa para visitação durante a semana e utiliza-a normalmente aos fins de semana.


Nenhum comentário:

Postar um comentário